O Vasco segue em alta no Campeonato Brasileiro. Sob o comando de Fernando Diniz, a equipe cruz-maltina venceu o Fluminense por 2 a 0, neste domingo, no Maracanã, e alcançou a quinta vitória nos últimos seis jogos, firmando-se de vez na briga por uma vaga na próxima Copa Libertadores. Com o resultado, o time subiu para a oitava colocação, consolidando a boa fase em 2025.
A atuação foi convincente do início ao fim, especialmente no segundo tempo, quando o Vasco dominou completamente o rival e fez a torcida gritar “olé” no Maracanã.
O profeta Pedrinho e o trabalho de Diniz
Há sete meses, o presidente Pedrinho afirmou que o Vasco possuía elenco para estar entre os oito melhores do Brasileirão. À época, a declaração soou otimista demais. O time tinha deficiências claras e pouca profundidade no elenco.
Mas com a chegada de Fernando Diniz e uma janela de transferências eficiente, a previsão virou realidade.
Diniz transformou a equipe. O Vasco passou a ter padrão de jogo, intensidade e confiança, e hoje traduz boas atuações em resultados. O símbolo dessa virada é o jovem Rayan, cada vez mais decisivo e com status de joia nacional.
Primeiro tempo: 30 minutos de Fluminense, 15 de Vasco
O jogo começou tenso para o Vasco. Logo aos três minutos, Barros errou na saída de bola e viu Germán Cano desperdiçar grande chance em defesa de Léo Jardim. O erro abalou momentaneamente o time de Diniz, e o Fluminense aproveitou o bom momento para pressionar pelos lados, tentando explorar a linha alta do adversário.
A dupla de zaga vascaína, Cuesta e Robert Renan, foi impecável e segurou a pressão.
Com o passar do tempo, o Vasco equilibrou as ações. Philippe Coutinho, com sua visão e cadência, começou a ditar o ritmo no meio-campo. Diniz ajustou as pontas, trazendo Nuno Moreira para a direita e o efeito foi imediato.
Aos 38 minutos, após roubo de bola de Paulo Henrique, o lateral tabelou com Nuno e encontrou Rayan livre na intermediária ofensiva. O atacante soltou uma bomba de fora da área; a bola desviou em Freytes e enganou Fábio: 1 a 0 Vasco.
Mais um gol de Rayan em clássico, e mais um motivo para o torcedor se empolgar.
Segundo tempo: maturidade e domínio absoluto
O gol mudou o cenário da partida. No segundo tempo, o Vasco se impôs e apresentou talvez seu futebol mais maduro na temporada. Com posse de bola segura e triangulações rápidas, o time controlou completamente o rival.
O segundo gol veio logo aos seis minutos, em uma jogada que mostrou a identidade do “Dinizismo”: nove dos onze jogadores participaram da construção, desde o passe inicial do goleiro Léo Jardim até a finalização de Nuno Moreira, que aproveitou o rebote de Fábio.
Um gol coletivo, técnico e preciso. A síntese da nova fase cruz-maltina.
Daí em diante, o Vasco administrou o jogo e fez o Fluminense assistir. Aos 30 minutos, a torcida vascaína entoou o tradicional “olé”, embalando os minutos finais de uma exibição convincente.
Diniz, no entanto, cobrou mais objetividade:
“Acho que tivemos três ou quatro chances de atacar e voltamos a bola sem necessidade. O jogo estava para fazermos o terceiro gol”, disse o treinador após a partida.
Símbolo de confiança e virada de chave
A vitória no clássico simboliza o novo momento do Vasco:
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Rayan, confirmado como uma das grandes promessas do futebol brasileiro, “tem que estar no radar da Copa do Mundo”, disse Diniz.
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Solidez defensiva, com uma zaga reformulada e confiante.
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Barros, afirmando-se como volante moderno e essencial no equilíbrio do time.
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Coutinho, ditando o ritmo no meio de campo e dando qualidade ao setor criativo.
Acima de tudo, o torcedor acorda nesta terça-feira com a sensação de que o Vasco, enfim, voltou a inspirar confiança.
O time ainda não está no G-6, mas sua presença entre os oito melhores não é obra do acaso. O Vasco está, enfim, onde merece estar e pode ir ainda mais longe.
📊 Público e renda no Maracanã:
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Público presente: 53.748
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Pagantes: 50.302
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Renda: R$ 3.250.944,50