A presidente do Palmeiras, Leila Pereira, voltou a se manifestar de forma firme e direta sobre o cenário disciplinar do futebol brasileiro. A dirigente afirmou respeitar a decisão do STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva) em manter a suspensão de Allan, expulso na partida contra o Fluminense pelo Brasileirão, mas fez questão de cobrar equilíbrio e isonomia nas decisões do tribunal.
Por Paulinho Cunha - Dreams FM / Crédito Imagem: Cesar Greco/Palmeiras/by Canon
O volante Allan havia sido expulso por falta em Samuel Xavier ainda em julho, cumprido suspensão na rodada seguinte, e depois voltou a atuar graças a um efeito suspensivo. No entanto, nesta segunda-feira (10), o STJD confirmou a punição de dois jogos de suspensão, o que tira o jogador do clássico contra o Santos, na Vila Belmiro, durante a Data Fifa.
Enquanto isso, a presidente alviverde questionou o tratamento dado a outros clubes e atletas, citando indiretamente o caso de Bruno Henrique, do Flamengo, que teve o julgamento por envolvimento em esquema de apostas adiado após ter sido novamente considerado culpado. O processo do atacante rubro-negro será retomado apenas na quinta-feira (13).
Em comunicado oficial, Leila Pereira destacou a incoerência entre as decisões e pediu que o tribunal tenha uma postura mais justa e equilibrada nas próximas sessões:
“O Palmeiras sempre respeitou, e seguirá respeitando, as instituições, mas espera o mesmo respeito de volta. O que está acontecendo não é justo.”
A dirigente também ressaltou a disparidade de tratamento entre casos recentes e fez um apelo pela imparcialidade nas decisões:
“Um atleta é condenado por uma infração grave e joga normalmente por dois meses, inclusive fazendo gols e decidindo jogos. Aí, quando finalmente é marcado o novo julgamento, vota-se pela absolvição deste atleta e a sessão é adiada. Enquanto isso, o Allan, que era réu primário, pega duas partidas de suspensão por um lance de jogo e depois tem a punição ratificada pelo Tribunal em pouco mais de 15 dias. E tudo isso acontece em uma semana decisiva, quando já teríamos vários desfalques por conta da Data Fifa. Não queremos ser beneficiados, mas não aceitamos ser prejudicados.”
Por fim, Leila reforçou o desejo de que o título brasileiro seja decidido dentro de campo, e não em gabinetes:
“O Palmeiras espera que o STJD adote uma postura equilibrada, para que suas decisões não influenciem o curso de um dos campeonatos mais disputados dos últimos anos. Que o campeão seja decidido dentro de campo.”
A fala da presidente ecoa um sentimento crescente entre torcedores e dirigentes sobre a necessidade de maior transparência e coerência nas decisões que impactam diretamente a reta final das competições nacionais.

