Campinas vai parar! No próximo sábado, às 17h, no Estádio Moisés Lucarelli, Ponte Preta e Guarani entram em campo para escrever mais um capítulo da rivalidade mais intensa do interior do Brasil. É o Dérbi 212, um confronto que vale muito mais do que três pontos, vale história, honra e, para o Bugre, o sonho do retorno à Série B.

A Macaca, comandada por Marcelo Fernandes, chega embalada. O acesso já está garantido, mas o grupo quer mais: fechar o quadrangular na liderança e conquistar a vaga na final da Série C, coroando uma campanha que entrou para a história mesmo diante de sérias dificuldades financeiras.

O técnico pontepretano, no entanto, tem desfalques importantes. Jeh e Léo Oliveira seguem fora, entregues ao departamento médico por conta de lesões musculares. Já Luiz Felipe, preservado durante a semana, deve estar à disposição para o clássico.

A tendência é que a Ponte vá a campo no tradicional 4-4-2, com:
Diogo Silva; Pacheco, Wanderson, Saimon e Artur; Rodrigo Souza, Lucas Cândido, Luiz Felipe (ou Diego Tavares) e Elvis; Jonas Toró e Bruno Lopes.

Líder do grupo C com 10 pontos, a Macaca joga pelo empate para garantir o primeiro lugar e o direito de decidir o título.
O zagueiro Wanderson, um dos líderes do elenco, resumiu bem o sentimento alvinegro:

“A gente sabe das possibilidades, mas estamos pensando na nossa vitória, não no que pode acontecer do outro lado. Vamos trabalhar duro, como temos feito, para garantir a vaga na final. Esse título seria a recompensa por tudo que construímos e pelo nosso torcedor, que merece demais.”

Do outro lado da cidade, o Guarani entra em campo com o coração na ponta da chuteira. O time de Matheus Costa vive o jogo mais importante dos últimos anos: depende apenas de si para conquistar o tão sonhado acesso.

Com sete pontos, o Bugre sobe em caso de vitória, e não precisa olhar para Náutico x Brusque, que acontece no mesmo horário, nos Aflitos. Um empate também pode servir, desde que o duelo em Recife termine igualado ou com vitória mínima do Náutico.

Para o confronto, Matheus Costa não poderá contar com Alan Santos, expulso contra o Timbu. As dúvidas ficam na defesa e na lateral direita. A provável escalação bugrina tem:
Dalberson; Lucas Justen (ou Cicinho), Raphael Rodrigues, David Braz (ou Allyson) e Emerson Barbosa; Kelvi, Isaque e Diego Torres; Dentinho, Mirandinha e Bruno Santos.

Este será o quarto Dérbi de 2025, e até aqui a Ponte domina amplamente: duas vitórias (2 a 0 no Paulistão e 1 a 0 no Brinco de Ouro) e um empate (1 a 1 na primeira fase da Série C). O Guarani não vence o rival desde a Série B de 2024, quando Matheus Bueno marcou o gol que encerrou um jejum de 15 anos sem triunfo bugrino no Majestoso.

Agora, a chance de redenção está novamente diante dos olhos bugrinos. De um lado, uma Ponte Preta embalada, confiante, que joga leve e sonha com o título. Do outro, um Guarani vibrante, movido pela necessidade, pela paixão e pela esperança de voltar ao lugar de onde nunca deveria ter saído.

Sábado, às 17h, o Majestoso será palco de uma batalha que vai muito além da bola.

É emoção, tradição e alma campineira em jogo.
É Ponte Preta x Guarani.
É o Dérbi 212 — o clássico que o Brasil inteiro vai parar para ver.