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CBF prepara regras de Fair Play Financeiro para novembro: o que muda no futebol brasileiro?

Publicada em: 01/10/2025 11:13 -

Na manhã de hoje (01/10), o presidente da CBF, Samir Xaud, anunciou que em novembro serão oficialmente divulgadas as regras do Fair Play Financeiro, sistema que pretende trazer mais equilíbrio e responsabilidade para as contas dos clubes. A ideia é simples no papel, mas desafiadora na prática: “você só vai gastar o que arrecada”.

Paulinho Cunha - Dreams FM

Inspirado em modelos já aplicados na Europa, o Sistema de Sustentabilidade Financeira (SSF) da CBF quer combater o chamado “doping financeiro” — a prática de gastar mais do que se tem, acumulando dívidas ou dependendo de aportes milionários que distorcem a competição.

O que vem por aí

  • Limite de gastos atrelado à receita do clube.

  • Sanções progressivas: do bloqueio de registro de atletas até perda de pontos em casos mais graves.

  • Adaptação gradual: a implementação começa em janeiro de 2026, com um período de transição que pode durar até cinco anos.

  • Alinhamento internacional: a CBF já conversa com a Conmebol para integrar o modelo às competições sul-americanas.

A análise Dreams FM

O projeto é ambicioso e necessário. O futebol brasileiro há décadas convive com clubes que gastam muito acima de suas possibilidades, sustentados por empréstimos, adiantamentos de cotas e, mais recentemente, aportes de SAFs. Na prática, isso gera distorções e coloca em risco a saúde do esporte.

O grande desafio será a aplicação real dessas regras. Não basta criar um regulamento, é preciso coragem para punir, inclusive os gigantes do futebol nacional, quando não cumprirem. Outro ponto delicado será lidar com as diferenças regionais: enquanto clubes do eixo Rio-São Paulo arrecadam centenas de milhões, times de outras regiões vivem uma realidade completamente distinta.

O risco é que o Fair Play vire apenas um discurso bonito se não houver transparência e fiscalização rigorosa. Mas, se levado a sério, pode significar um divisor de águas, dando mais equilíbrio ao campeonato, fortalecendo clubes médios e impedindo aventuras financeiras que já destruíram grandes nomes do futebol brasileiro no passado.

 

Em novembro, teremos as regras no papel. A partir de 2026, veremos se a teoria vai, de fato, mudar a prática dentro e fora de campo.

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