O volante Luan abriu o coração sobre um dos momentos mais difíceis da sua carreira no São Paulo. Em meio a lesões e afastamento, ele revelou crises de angústia, isolamento e medo de não ter mais espaço no clube.
👉 Em seu relato, contou que chegava a implorar por uma chance, se trancava em casa e chorava sozinho, até decidir buscar ajuda profissional.
“Sozinho, dificilmente eu sairia do meu porão. Tem sido bom pra mim”, disse Luan, ao falar da terapia.
O desabafo emociona e inspira. Mostra que até atletas de elite, acostumados com a pressão e os holofotes, também enfrentam batalhas internas. E que cuidar da saúde mental é fundamental, dentro e fora de campo.
💛 Em tempos de Setembro Amarelo, o exemplo do Luan reforça: pedir ajuda é um ato de coragem. Se você está passando por momentos difíceis, não se cale. Procure apoio. Você não está sozinho.
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🎙️ Luan, ao The Players Tribune:
“Nesses dias de aflição, eu fiz umas coisas meio desesperadas. Eu não estava nada bem. Ligava pro Carlos Belmonte, diretor de futebol, e pedia pra pelo menos fazer a pré-temporada. Esperava o Zubeldía nos corredores e implorava uma oportunidade de treinar com o time. Passava muito tempo sozinho, no meu quarto em casa, fazendo lista de jogadores que sofreram lesões graves, mas deram a volta por cima… Zico, Ronaldo, Beckham, Ibrahimovic, Neymar.
Eu tinha me recuperado, podia jogar em alto nível. Só que o medo de ser emprestado ou vendido e nunca mais voltar pro São Paulo acabava comigo. Teve um dia de semana em que eu estava assistindo a um jogo nosso pelo Paulista na TV e surtei. Uma angústia insuportável. Então, assim que a partida acabou, comecei a ligar e mandar mensagem pros meus companheiros que tinham acabado de jogar. Não lembro exatamente o que falei ou escrevi, mas deve ter sido algo preocupante, porque os caras foram lá em casa naquela mesma noite. Luciano, Jandrei, Alan Franco e Alisson.
E sabe o que eu fiz? Não os recebi.
Me tranquei no porão e não saí pra falar com eles. Lá de dentro, soluçando de tanto chorar, eu pedia pra eles serem campeões. Sentia uma vergonha enorme. Não por aquela cena deprimente, mas por não jogar, não desfrutar do dia a dia com meus companheiros, não poder ajudá-los em campo e não saber como me livrar daquela impressão de que o mundo inteiro estava contra mim. Foi quando decidi procurar ajuda e comecei a fazer terapia. Sozinho, dificilmente eu sairia do meu porão. Tem sido bom pra mim”
Alguns pontos importantes do relato:
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Aflição e desespero: ele chega a implorar por uma chance, mostrando o quanto a inatividade mexeu com sua autoestima.
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Busca por referências: fazer listas de ídolos que superaram lesões foi um mecanismo de esperança e motivação.
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Crise emocional: assistir ao time em campo sem poder participar gerou uma angústia insuportável, culminando em um surto.
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Apoio dos colegas: mesmo indo até sua casa, os companheiros não conseguiram contato com ele, evidenciando o tamanho da dor que enfrentava.
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Vergonha e solidão: não pelo choro ou pela cena, mas por não estar dentro de campo ajudando.
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Virada de chave: a decisão de procurar ajuda e iniciar a terapia, reconhecendo que sozinho não conseguiria sair daquela situação.
Esse depoimento é um retrato humano da saúde mental no futebol, algo que ainda é tabu em muitos clubes e vestiários.
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A música pode acolher, acalmar e transformar momentos difíceis. Assim como uma canção nos toca, a palavra certa na hora certa também pode salvar vidas.
Neste Setembro Amarelo, lembramos: falar é a melhor solução. Procure ajuda, converse com alguém de confiança e nunca enfrente a dor em silêncio.
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